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Andebol: Ninguém para este Portugal

Portugal continua a fazer história e venceu no prolongamento por 31-30 a Alemanha, em Oslo, e vai disputar com a tricampeã Dinamarca o acesso à final do Mundial de andebol, posicionando-se na luta pelas medalhas.
Frente à vice-campeã olímpica e candidata ao pódio na presente edição, a seleção portuguesa mostrou a razão de ter afastado Noruega, Suécia e Espanha na Ronda Principal e segue invicta para o jogo de sexta-feira com a Dinamarca.
Portugal chegou ao intervalo a vencer por quatro (13-9), mas ficou privado de Luís Frade, desqualificado na segunda parte, situação compensada pela excelente exibição de Victor Iturriza, e, depois de estar em desvantagem, conseguiu selar o apuramento no prolongamento.
Com os irmãos Francisco e Martim Costa, respetivamente com oito e quatro golos, a demonstrarem poder de fogo em momentos decisivos, a seleção portuguesa mostrou garra e força, acreditando ser sempre possível chegar à vitória frente aos alemães.
O encontro começou com as ações defensivas a superiorizarem-se às ofensivas, com os guarda-redes Diogo Rema e Andreas Wolff em destaque, e com o primeiro golo a surgir por António Areia na conversão de um livre direto (1-0).
Com cinco defesas no início da partida, e já com a seleção lusa a vencer por 2-0, Andreas Wolff evitou que Portugal dilatasse a vantagem e Diogo Rêma, com quatro, só sofreu o primeiro aos seis minutos (2-1).
Bem a defender e fluida nas combinações de ataque, a seleção portuguesa abriu para uma vantagem de quatro, aos 5-1, com golos de Victor Iturriza, Rui Silva e António Areia, que fez o treinador Alfred Gislason solicitar tempo técnico.
A Alemanha marcou apenas um golo em 10 minutos, Renars Uscin fez o 5-2 após o puxão de orelhas no tempo técnico, e o encontro passou por um período de equilíbrio, sustentado por Andreas Wolff, com golos alternados até aos 7-3.
Um parcial de 3-0 dos germânicos diluiu a vantagem para apenas um golo aos 7-6, num período de seca para os heróis do mar, sem marcar cerca de seis minutos por culpa de Wolff, que foi desbloqueado por Francisco Costa, no 8-6.
A seleção alemã voltou a reduzir para a margem mínima aos 8-7, por Marko Girgic, mas um parcial de 3-0 dos portugueses, com dois golos de longa distância de Luís Frade, sem guarda-redes na baliza, e Francisco Costa, repôs a diferença em quatro aos 11-7.
A Alemanha voltou a encurtar a diferença com dois golos seguidos (11-9), mas Portugal, com a eficácia de Diogo Rêma a rondar os 46%, chegou ao intervalo a vencer por quatro (13-9), com golos de Francisco Costa e Salvador Salvador.
O início da segunda parte teve golos alternados, até aos 15-12, e a contrariedade, quatro minutos volvidos, da desqualificação de Luís Frade com cartão vermelho, que os germânicos aproveitaram para reduzir para dois de diferença (15-13).
A seleção lusa voltou a liderar por três golos aos 16-13, mas sem conseguir dominar, e disso tirou partido a Alemanha para encurtar para a margem mínima aos 17-16, empatar aos 18-18, pela primeira vez no encontro, e passar para a frente 20-18.
A cometer erros e a acusar a ausência de Luís Frade, compensada pela exibição de Victor Iturriza, Portugal passou por um mau bocado, com a Alemanha a liderar por dois até aos 22-20, mas reagiu e igualou aos 22-22 com golos do pivô e Pedro Portela.
As seleções entraram empatadas a 23-23 para os últimos cinco minutos e a igualdade manteve-se até o termo do tempo regulamentar, aos 26-26, com um golo de Pedro Portela, que levou o encontro para o prolongamento.
Portugal esteve a vencer por dois na primeira parte do prolongamento, aos 29-27, com golos dos irmãos Francisco (dois) e Martim Costa, mas a Alemanha empatou a 29-29 e 30-30, tendo a igualdade sido desbloqueada por Martim Costa nos derradeiros segundos (31-31).
