Os funcionários de um consulado de Portugal no Brasil constituídos arguidos continuam no ativo

Dois funcionários do Consulado do Rio de Janeiro sob suspeita de terem participado num esquema com vistos para Portugal continuavam até há pouco tempo a trabalhar.

Apesar de terem sido constituídos arguidos não terão sofrido qualquer sanção.

A informação foi avançada ao Expresso por uma fonte diplomática.

Ao jornal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros diz não poder pronunciar-se sobre o caso, uma vez que está em investigação.

Os dois homens pertencem a um grupo de dez pessoas constituídas arguidas no âmbito de uma operação conjunta da Polícia Judiciária e da Polícia Federal realizada no ano passado no Brasil.

Na altura, a Embaixada de Portugal no Brasil confirmou estar a decorrer uma investigação ao Consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro.

A investigação ocorreu na sequência de denúncias de utentes.

Em causa, o agendamento ilegal de vagas para a prática de atos consulares, além dos crimes de corrupção, peculato ou falsificação de documentos.

Outra situação verificada pelas autoridades liga-se à limpeza de cadastros criminais de pessoas que viajavam para Portugal.