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Caos na saúde: Médicos e enfermeiros estão de greve

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Os médicos iniciam hoje uma greve de dois dias para exigir melhores condições laborais, com a Federação Nacional dos Médicos a pedir um ministro que “perceba de saúde e que consiga servir o SNS”.

A greve nacional agendada pela Federação Nacional dos Médicos (Fnam) decorre entre hoje e quarta-feira e é marcada por uma manifestação esta tarde junto ao Ministério da Saúde.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da Fnam voltou a afirmar que o “único responsável” por esta jornada de luta é a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que “nada fez para resolver o problema da falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

“A Fnam apresentou as soluções atempadamente, mas Ana Paula Martins preferiu não as incorporar para termos mais médicos no SNS e, como tal, somos empurrados para esta greve”, referiu Joana Bordalo e Sá.

Entre as reivindicações da Fnam, que em julho cumpriu dois dias de greve geral, está a reposição do período normal de trabalho semanal de 35 horas e a atualização da grelha salarial, a integração dos médicos internos na categoria de ingresso na carreira médica e a reposição dos 25 dias úteis de férias por ano e de cinco dias suplementares de férias se gozadas fora da época alta.

 

Enfermeiros param dois dias

Os enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde iniciam hoje dois dias de greve pela valorização da grelha salarial e por mecanismos que compensem o risco e penosidade inerentes à profissão, numa paralisação que coincide com outra dos médicos.

A greve, convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), arranca pelas 08:00 de hoje e estende-se até às 24:00 de quarta-feira, ou seja, abrange os turnos da manhã e da tarde no dia de hoje e os da noite, manhã e tarde de quarta-feira, sob a forma de paralisação total ao trabalho programado, e abrange o Continente e a região autónoma dos Açores.

Além da alteração da grelha salarial da carreira de enfermagem, valorizando todos os níveis de todas as posições remuneratórias, a greve serve para defender a transição para a categoria de enfermeiro especialista de todos os enfermeiros que a 31 de maio de 2019 detinham este título.

O SEP pretende ainda que o reposicionamento remuneratório decorrente da transição de carreira “tenha tradução em acréscimo salarial para todos os enfermeiros” e exige igualmente a compensação decorrente do risco e penosidade inerentes à profissão, nomeadamente através de “condições especiais para aposentação” e da valorização do trabalho por turnos.

Quanto à contagem de pontos, os enfermeiros exigem o pagamento de retroativos desde 2018 e a “correção de todas as injustiças relativas”.

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