Ligue-se a nós

Atualidade

Sindicato promete continuar protestos para pôr fim a problemas dos polícias nas fronteiras

Publicado

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) prometeu hoje, no final de um plenário no aeroporto de Lisboa, continuar em 2026 os protestos para exigir a resolução de problemas dos polícias que estão nas fronteiras aéreas.

“Em janeiro, estaremos cá com mais força e fazendo desafios aos colegas para que possam aderir à nossa luta”, disse, em declarações aos jornalistas no exterior do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, o presidente da ASPP/PSP.

Segundo Paulo Santos, a associação sindical vai “continuar a travar uma luta até que seja reconhecida” a especificidade dos polícias da Divisão de Segurança Aeroportuária e até que “o Governo chame a ASPP para negociar aquilo que prometeu em 2024: tabelas remuneratórias, suplementos remuneratórios e portaria de avaliação”.

O dirigente sindical acusou ainda a ANA – Aeroportos de Portugal, gestora do aeroporto de Lisboa, de não criar propositadamente, mesmo que haja um reforço de meios humanos, condições estruturais para que os polícias exerçam as suas funções, porque sabe que será “sempre beneficiada”, “ou em jeito de indemnização ou em jeito de receita”.

“Comprometer a segurança nacional com objetivos comerciais e estar a tratar mal agentes da autoridade com objetivos comerciais é errado”, frisou.

Em causa está o que diz ser uma simplificação dos procedimentos de controlo na fronteira para que haja um maior número de passageiros a aterrar.

A ASPP/PSP realizou hoje um plenário de protesto no aeroporto de Lisboa na Esquadra de Controlo e Fronteira.

Segundo disse à Lusa Paulo Santos, os polícias no controlo de passageiros que quiseram abandonar esta manhã os seus postos de trabalho foram ameaçados de processos disciplinares pelas chefias da PSP, o que motivou uma onda de contestação dos agentes no interior do aeroporto.

O plenário de hoje aconteceu depois de a ASPP/PSP ter realizado um outro em novembro e ter já alertado para a continuidade dos protestos na ausência de respostas concretas do Governo na resolução dos problemas dos polícias que estão nas fronteiras aéreas.

Desse plenário saiu um documento remetido ao Governo, à direção nacional da PSP, Inspeção-Geral da Administração Interna e partidos políticos, ao qual, assegurou hoje Paulo Santos, não houve até agora resposta.

A PSP herdou há dois anos, do extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o controlo de passageiros nas aéreas.

Os tempos de espera no aeroporto de Lisboa têm sido elevados, e aumentaram nos últimos dias, tendo a ministra da Administração Interna anunciado na quarta-feira um reforço de 80 polícias da PSP para os próximos 15 dias com o objetivo de assegurarem o funcionamento regular do controlo de fronteiras e a segurança no período de maior afluência.

Publicidade
Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.